Todas as minhas peças são feitas a mão: a argila é sovada, moldada, esculpida e esmaltada, num processo que dura dias e com uma troca de energia imensa. É um treino constante de paciência, de desapego e incompatível com o  imediatismo. É impossível fazer uma peça rápido, são várias etapas que devem ser respeitadas para um bom resultado.

 

A cerâmica para mim é terapêutica, é prazerosa, me ensina e me anseia a aprender cada vez mais. Gosto de pensar que, mesmo vivendo num mundo onde quase tudo é industrial e feito de plástico, eu estou indo na contramão do consumo de coisas efêmeras e descartáveis.

 

A cerâmica se bem cuidada é praticamente eterna, pode passar por diversos lares e mãos durante várias gerações e carregar muita história e boas energias através disso.